Saúde
DENGUE MATA!
OU A GENTE ACABA COM ELA OU ELA ACABA COM A GENTE
Dengue
A dengue é
uma doença grave e que pode matar. Alguns sintomas são:
Febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos.
Explore o Site da Dengue e aprenda tudo sobre a
epidemia e como fazer a prevenção.
O
que é Dengue?
A dengue é uma doença febril aguda causada por
um vírus, sendo um dos principais problemas de saúde pública no mundo. O seu
principal vetor de transmissão é o mosquito Aedes aegypti, que se desenvolve em áreas
tropicais e subtropicais.
A Organização
Mundial da Saúde (OMS) estima que entre 50 a 100 milhões de pessoas se infectem
anualmente com a dengue em mais de 100 países de todos os continentes, exceto a
Europa. Cerca de 550 mil doentes necessitam de hospitalização e 20 mil morrem
em consequência da dengue.
Existem quatro
tipos de dengue, pois o vírus causador da dengue possui quatro sorotipos:
DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. A infecção por um deles dá proteção permanente
para o mesmo sorotipo, mas imunidade parcial e temporária contra os outros
três.
Embora pareça pouco
agressiva, a doença pode evoluir para a dengue
hemorrágica e a
síndrome do choque da dengue, caracterizadas por sangramento e queda de pressão
arterial, o que eleva o risco de morte. A melhor maneira de combater esse mal é
atuando de forma preventiva, impedindo a reprodução do mosquito.
Em 1865 foi
descrito o primeiro caso de dengue no Brasil, na cidade de Recife, sendo
considerada epidêmica em 1846, quando se espalhou por vários estados, como Rio
de Janeiro e São Paulo. Acredita-se que o mosquito Aedes aegypti chegou ao Brasil pelos navios
negreiros, uma vez que as primeiras aparições do mosquito se deram no
continente africano. No início do século XX, o médico Oswaldo Cruz implantou um
programa de combate ao mosquito que chegou a eliminar a dengue no país durante
a década de 1950.
A dengue voltou a
acontecer no Brasil na década de 1980, tendo seus primeiros novos casos em
Roraima pelos vírus DEN1 e DEN4. Em 1990, houve a introdução do vírus DEN2 no
Rio de Janeiro, atingindo várias áreas do Sudeste, levando a uma epidemia em
1998, com mais de 500.000 casos no país. Em 2000, o vírus DEN3 foi isolado no
Rio de Janeiro, e uma nova epidemia de dengue aconteceu entre 2001 e 2003.
Antes dessa década, os casos de dengue hemorrágica no país eram raros, mas com
a introdução do novo vírus diversas pessoas contraíram a dengue pela segunda ou
terceira vez.
Tipos
O vírus da dengue possui quatro variações: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. Todos
os tipos de dengue causam os mesmo sintomas.
Quando uma pessoa é infectada com um determinado tipo de vírus, cria
anticorpos no seu organismo e não irá mais contrair a doença por esse mesmo
vírus, mas ainda pode ser infectada pelos outros três tipos. Isso quer dizer
que só é possível pegar dengue quatro vezes.
Caso ocorra um
segundo ou terceiro episódio da dengue, há risco aumentado para formas mais
graves da dengue, como a dengue hemorrágica e síndrome do choque da dengue.
Na maioria dos
casos, a pessoa infectada não apresenta sintomas da dengue, combatendo o vírus
sem nem saber que ele está em seu corpo. Para aqueles que apresentam sintomas,
os tipos de dengue podem se manifestar clinicamente de quatro formas:
Dengue
clássica
A dengue clássica é a forma mais leve
da doença, sendo muitas vezes confundida com a gripe. Tem início súbito e os
sintomas podem durar de cinco a sete dias, apresentando sintomas como febre
alta (39° a 40°C), dores de cabeça, cansaço, dor muscular e nas articulações,
indisposição, enjôos, vômitos, entre outros.
Dengue
hemorrágica
A dengue
hemorrágica acontece
quando a pessoa infectada com dengue sofre alterações na coagulação sanguínea.
Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte. No geral, a dengue
hemorrágica é mais comum quando a pessoa está sendo infectada pela segunda ou
terceira vez. Os sintomas iniciais são parecidos com os da dengue clássica, e
somente após o terceiro ou quarto dia surgem hemorragias causadas pelo
sangramento de pequenos vasos da pele e outros órgãos. Na dengue hemorrágica,
ocorre uma queda na pressão arterial do paciente, podendo gerar tonturas e
quedas.
Síndrome do choque da dengue
A síndrome de choque da dengue é a
complicação mais séria da dengue, se caracterizando por uma grande queda ou
ausência de pressão arterial, acompanhado de inquietação, palidez e perda de
consciência. Uma pessoa que sofreu choque por conta da dengue pode sofrer
várias complicações neurológicas e cardiorrespiratórias, além de insuficiência
hepática, hemorragia digestiva e derrame pleural. Além disso, a síndrome de
choque da dengue não tratada pode levar a óbito.
Causas
A dengue não é
transmitida de pessoa para pessoa. A transmissão se dá pelo mosquito que, após
um período de 10 a 14 dias contados depois de picar alguém contaminado, pode
transportar o vírus da dengue durante toda a sua vida.
O ciclo de
transmissão ocorre do seguinte modo: a fêmea do mosquito deposita seus ovos em
recipientes com água. Ao saírem dos ovos, as larvas vivem na água por cerca de
uma semana. Após este período, transformam-se em mosquitos adultos, prontos
para picar as pessoas. O Aedes aegypti procria em velocidade prodigiosa e o
mosquito da dengue adulto vive em média 45 dias. Uma vez que o indivíduo é
picado, demora no geral de três a 15 dias para a doença se manifestar, sendo
mais comum cinco a seis dias.
TRANSMISSÃO
A dengue é transmitida pelomosquito Aedes Aegyptiinfectado. O mosquito se reproduz em água parada e para prevenir não
podemos deixar água acumular.
A transmissão da
dengue raramente ocorre em temperaturas abaixo de 16° C, sendo que a mais
propícia gira em torno de 30° a 32° C - por isso ele se desenvolve em áreas
tropicais e subtropicais. A fêmea coloca os ovos em condições adequadas (lugar
quente e úmido) e em 48 horas o embrião se desenvolve. É importante lembrar que
os ovos que carregam o embrião do mosquito da dengue podem suportar até um ano
a seca e serem transportados por longas distâncias, grudados nas bordas dos
recipientes. Essa é uma das razões para a difícil erradicação do mosquito. Para
passar da fase do ovo até a fase adulta, o inseto demora dez dias, em média. Os
mosquitos acasalam no primeiro ou no segundo dia após se tornarem adultos.
Depois, as fêmeas passam a se alimentar de sangue, que possui as proteínas
necessárias para o desenvolvimento dos ovos.
O mosquito Aedes
aegypti mede menos de um
centímetro, tem aparência inofensiva, cor café ou preta e listras brancas no
corpo e nas pernas. Costuma picar, transmitindo a dengue, nas primeiras horas
da manhã e nas últimas da tarde, evitando o sol forte, mas, mesmo nas horas
quentes, ele pode atacar à sombra, dentro ou fora de casa. Há suspeitas de que
alguns ataquem durante a noite. O indivíduo não percebe a picada, pois não dói
e nem coça no momento.
A fêmea do Aedes aegypti voa até mil metros de distância de seus ovos. Com
isso, os pesquisadores descobriram que a capacidade do mosquito é maior do que
os especialistas acreditavam.
Prevenção
O mosquito Aedes aegypti é o transmissor do vírus e suas larvas
nascem e se criam em água parada. Por isso, evitar esses focos da reprodução
desse vetor é a melhor forma de prevenir a dengue! Veja como eliminar o risco:
Evite
o acúmulo de água
O mosquito coloca seus ovos em água
limpa, mas não necessariamente potável. Por isso é importante jogar fora pneus
velhos, virar garrafas com a boca para baixo e, caso o quintal seja propenso à
formação de poças, realizar a drenagem do terreno. Também é necessário lavar a
vasilha de água do bicho de estimação regularmente e manter fechadas tampas de
caixas d'água e cisternas.
Coloque
areia nos vasos de plantas
O uso de pratos nos vasos de plantas
pode gerar acúmulo de água.
Há três alternativas: eliminar esse prato, lavá-lo regularmente ou colocar
areia. A areia conserva a umidade e ao mesmo tempo evita que e o prato se torne
um criadouro de mosquitos.
Coloque
desinfetante nos ralos
Ralos pequenos de
cozinhas e banheiros raramente tornam-se foco de dengue devido ao constante uso
de produtos químicos, como xampu, sabão e água sanitária. Entretanto, alguns
ralos são rasos e conservam água estagnada em seu interior. Nesse caso, o ideal
é que ele seja fechado com uma tela ou que seja higienizado com desinfetante
regularmente.
Limpe as calhas
Grandes
reservatórios, como caixas d'água, são os criadouros mais produtivos de dengue,
mas as larvas do mosquito podem ser encontradas em pequenas quantidades de água
também. Para evitar até essas pequenas poças, calhas e canos devem ser checados
todos os meses, pois um leve entupimento pode criar reservatórios ideais para o
desenvolvimento do Aedes aegypti.
Coloque tela nas janelas
Embora não seja
tão eficaz, uma vez que as pessoas não ficam o dia inteiro em casa, colocar
telas em portas e janelas pode ajudar a proteger sua família contra o mosquito
da dengue. O problema é quando o criadouro está localizado dentro da
residência. Nesse caso, a estratégia não será bem sucedida. Por isso, não se
esqueça de que a eliminação dos focos da doença é a maneira mais eficaz de
proteção.
Lagos caseiros e aquários
Assim como as
piscinas, a possibilidade de laguinhos caseiros e aquários se tornarem foco de
dengue deixou muitas pessoas preocupadas. Porém, peixes são grandes predadores
de formas aquáticas de mosquitos. O cuidado maior deve ser dado, portanto, às
piscinas que não são limpas com frequência.
Seja consciente com seu lixo
Não despeje lixo
em valas, valetas, margens de córregos e riachos. Assim você garante que eles
ficarão desobstruídos, evitando acúmulo e até mesmo enchentes. Em casa, deixe
as latas de lixo sempre bem tampadas.
Uso
de inseticidas e larvicidas
Tanto os larvicidas quanto os inseticidas distribuídos aos estados e
municípios pela Secretaria de Vigilância em Saúde têm eficácia comprovada,
sendo preconizados por um grupo de especialistas da Organização Mundial da
Saúde.
Os larvicidas servem para matar as larvas do mosquito da dengue. São
aqueles produtos em pó, ou granulado, que o agente de combate a dengue coloca
nos ralos, caixas d'água, enfim, nos lugares onde há água parada que não pode
ser eliminada.
Já os inseticidas são líquidos espalhados pelas máquinas
de nebulização, que matam os insetos adultos enquanto estão voando, pela manhã
e à tarde, porque o mosquito tem hábitos diurnos. O fumacê, como é chamado, não
é aplicado indiscriminadamente, sendo utilizado somente quando existe a
transmissão da dengue em surtos ou epidemias. Desse modo, a nebulização pode
ser considerada um recurso extremo, porque é utilizada em um momento de alta
transmissão, quando as ações preventivas de combate à dengue falharam ou não
foram adotadas. Os inseticidas domésticos também são eficazes, desde que tenham
explicitado na embalagem a proteção contra o mosquito da dengue.
Algumas vezes, os mosquitos e larvas da dengue desenvolvem resistência aos
produtos. Sempre que isso é detectado, o produto é imediatamente substituído
por outro.
Uso
de repelente
O uso de repelentes,
principalmente em viagens ou em locais com muitos mosquitos, é um método
paliativo para se proteger contra a dengue. Recomenda-se, porém, o uso de
produtos industrializados. Repelentes caseiros, como andiroba, cravo-da-índia,
citronela e óleo de soja não possuem grau de repelência forte o suficiente para
manter o mosquito longe por muito tempo. Além disso, a duração e a eficácia do
produto são temporárias, sendo necessária diversas reaplicações ao longo do
dia, o que muitas pessoas não costumam fazer.
Suplementação vitamínica do complexo B
Tomar suplementos
de vitaminas do complexo B pode mudar o odor que nosso organismo exala,
confundindo o mosquito e funcionando como uma espécie de repelente. Outros
alimentos de cheiro forte, como o alho, também podem ter esse efeito. No
entanto, a suplementação deveria começar a ser feita antes da alta temporada de
infecção do mosquito, e nem isso garante 100% de proteção contra a dengue. A
estratégia deve se somar ao combate de focos da larva do mosquito, ao uso do
repelente e à colocação de telas em portas e janelas, por exemplo.
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