domingo, 29 de janeiro de 2017

SAÚDE/LEITURA -TESTE DE TOLERÂNCIA À GLICOSE

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TESTE DE TOLERÂNCIA À GLICOSE

O que é o teste de tolerância à glicose?

No teste de tolerância à glicose uma dose pré-estabelecida de glicose é administrada usualmente por via oral e várias amostras de sangue são colhidas a intervalos pré-determinados para verificar a rapidez com que ela é eliminada do sangue. O teste de tolerância à glicose foi descrito pela primeira vez, em 1923, por Jerome W. Conn, baseado na premissa de que um paciente normal alimentado com glicose retornaria rapidamente aos níveis normais de glicose no sangue após um pico inicial, aos 60 minutos.
Mais recentemente, o teste de tolerância à glicose vem sendo substituído pela hemoglobina glicosilada, que tem mostrado uma relação mais consistente com as complicações do diabetes.

Por que fazer o teste de tolerância à glicose?

O teste de tolerância à glicose é recomendado pela Sociedade Brasileira de Diabetes para o diagnóstico de diabetes mellitus e da pré-diabetes. O teste também é usado para testar resistência à insulina, função da célula beta do pâncreasque é produtora de insulina e, às vezes, hipoglicemia reativa e acromegalia ou outros distúrbios mais raros do metabolismo de carboidratos. O teste de tolerância à glicose está também indicado entre a 24ª e 28ª semanas de gestação em todas as gestantes sem diagnóstico anterior de diabetes ou de diabetes gestacional.

Como é realizado o teste de tolerância à glicose?

Mais comumente, o teste de tolerância à glicose consiste em administrar uma dose padrão de glicose, ingerida pela boca, e verificar os níveis sanguíneos duas horas mais tarde. Outras variações do teste foram concebidas ao longo dos anos para várias finalidades, com diferentes doses padrão de glicose, diferentes vias de administração, diferentes intervalos e outras substâncias medidas além da glicemia.
Em preparação, não é necessário restringir a ingestão de carboidratos nos dias que antecedem o teste, mas ele não deve ser feito na vigência de uma doença, porque ela pode interferir nos resultados. O paciente deve manter a atividade física habitual nos dias que precedem o exame, observar jejum de 8 horas no dia anterior ao exame (sendo permitida a ingestão de água), não fumar ou caminhar durante o período do exame.
A dose de glicose recomendada para adultos é de 75 gramas, as quais devem ser consumidas num período de 5 minutos, devendo ser ajustada para crianças. A dose total comumente usada para adultos não deve ser administrada a uma pessoa com peso inferior a 42,6 kg.
O teste de tolerância à glicose deve ser realizado pela manhã, uma vez que a tolerância à glicose pode apresentar uma diminuição significativa na parte da tarde. Em seguida, é retirada uma amostra de sangue antes da ingestão da glicose (tempo zero). Logo após, dá-se ao paciente para beber uma dose padrão de solução de glucose. O sangue, então, é extraído em intervalos variáveis de acordo com a finalidade do teste, para a medição da glicemia (açúcar no sangue) e, por vezes, dos níveis de insulina. Conforme a finalidade do teste, o laboratório pode continuar coletando sangue de hora em hora, por até seis horas.
Uma variante é frequentemente utilizada na gravidez para detectar diabetes gestacional.

http://www.abc.med.br/p/exames-e-procedimentos/1280408/teste+de+tolerancia+a+glicose.htm

                                         

SAÚDE/LEITURA - CUIDADOS SIMPLES PARA PREVENIR O PÉ DIABÉTICO

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CUIDADOS SIMPLES PARA PREVENIR O PÉ DIABÉTICO
O que é o Pé Diabético?
Uma das complicações crônicas do diabetes é o popularmente conhecido pé diabético. Ele ocorre mais rapidamente naquelas pessoas que não fazem um controle adequado de seus níveis de glicemia (açúcar) no sangue. Alguns cuidados simples podem prevenir tal condição e criar a possibilidade de se evitar as amputações de membros em 100% dos casos.
Pessoas que têm diabetes durante 10 ou 20 anos começam a apresentar diminuição da circulação arterial e redução da sensibilidade dolorosa e térmica nos membros, a chamada neuropatia diabética. Taxas aumentadas de glicose no sangue por longo período de tempo podem causar esta neuropatia, que é sentida como um formigamento, agulhadas, dor, dormência, queimação ou fraqueza nos membros.
Diferente do que acontece com problemas circulatórios, que dão dores na batata da perna ou nas coxas quando as pessoas se movimentam e melhoram com o repouso, os sintomas da neuropatia são piores à noite, ao deitar.
Muitos diabéticos só se dão conta do que está acontecendo quando seus pés ou pernas já apresentam feridas ou, em um estágio mais avançado, infecções no local da ferida. Mas a prevenção é o meio mais eficaz de evitar estes problemas.

O que fazer para evitar o Pé Diabético?
A observação e a higienização correta auxiliam na prevenção e diagnóstico precoce das lesões. E alguns cuidados simples podem ser tomados para evitar estes problemas.
  • Examine seus pés diariamente
Para facilitar este exame dos pés, use um espelho ou peça ajuda de uma pessoa querida. Procure bolhas, feridas, ferimentos, calos, frieiras, cortes, rachaduras e alterações de coloração na pele. Faça o exame sempre em um local bem iluminado, preferencialmente usando luz solar.
 E em todas as consultas com seu médico, peça-o para examinar seus pés.
  • No banho
Mantenha seus pés limpos usando sabonete de glicerina e água morna. Nunca use água quente, pois a diminuição da sensibilidade térmica pode fazer com que você se queime. Teste a temperatura da água com o cotovelo e só depois coloque os seus pés nela.
Após o banho, seque bem os pés com uma toalha macia, sem esfregar, principalmente entre os dedos e ao redor das unhas. Nunca use secador de cabelos, aquecedores, cobertores térmicos ou lâmpadas para secar os pés. Eles podem queimá-lo sem que você perceba.
Mantenha a pele hidratada, aplicando creme ou loção hidratante. Não aplique em cortes ou ferimentos ou entre os dedos para evitar umidade. O uso de talco não é necessário, mas se você tem o costume de fazê-lo, use em pouca quantidade.

Qual meia devo usar?
As meias sem costura e sem elástico são as melhores para pessoas diabéticas, pois evitam machucados. Prefira usar meias de lã no inverno e meias de algodão no verão. Evite as meias de nylon que dificultam a transpiração e perdem rapidamente a qualidade.
Quais os cuidados que devo tomar com as minhas unhas?
Lave e seque bem seus pés e unhas antes de cortá-las.
O ideal é cortá-las com intervalo máximo de 4 semanas e lixar uma vez por semana, utilizando um cortador de unhas adequado ou uma tesoura de ponta romba.
O corte deve ser quadrado, deixando ver uma pequena parte branca. Lixe os cantos para mantê-los arredondados. Não descole a unha da base com espátulas, nem corte os cantos arredondados para evitar que sua unha encrave.
Caso você já tenha unha encravada, você precisa procurar um serviço especializado em tratamento dos pés ou um dermatologista para avaliar a necessidade de uma pequena cirurgia no local.
Só utilize os serviços de manicures e pedicures treinados e peça para que não tirem as cutículas e não corte os cantos. Informe sempre que é diabético.
Nunca corte calos ou calosidades, nem use calicidas ou abrasivos como lixas ou raladores. Procure um médico para tratar a causa do aparecimento de calosidades que podem ser devido ao uso de calçados inadequados, a presença de joanetes ou deformidades nos pés.
Caso suas unhas estejam muito grossas, com aspecto “esfarelado”, com alterações na cor ou descolando da base, procure um dermatologista pois você pode estar com micose e necessitar de um tratamento com mediações de uso oral por algumas semanas.
Quais são os cuidados gerais a serem tomados com os meus pés?
Ao se expor ao sol, utilize protetores solares, inclusive nos pés para protegê-los de queimaduras. É comum acontecerem queimaduras nos pés na praia, ao pisar em areia quente. Fique atento a este detalhe.
Evite manter as pernas cruzadas, para facilitar a circulação. Se você trabalha sentado, procure mexer os pés a cada 30 minutos.
Não use bolsas de água quente nos pés.
Evite andar descalço, mesmo dentro de casa.

Calçados. Quais os melhores?
O ideal são sapatos fechados, de couro macio, em numeração e altura adequadas e que sejam confortáveis. Os que têm piso antiderrapante com solado rígido e seguro são uma boa opção, pois dão maior segurança para caminhar. Existem algumas lojas especializadas que oferecem calçados e palmilhas específicos para diabéticos.
Sempre que calçar um sapato, verifique o seu interior para não ferir os pés em pedras, pregos ou outros pequenos objetos.  Examine os sapatos com atenção, procurando deformidades nas palmilhas ou costuras.
Evite usar sapatos sem meia
Guarde seus sapatos em ambiente arejado e lave-os sempre que necessário. Deixe secar bem antes de usá-los.
Para os exercícios físicos, você deve escolher um tênis confortável, com sistema de amortecimento de impactos. Reserve um tênis apenas para a prática de esportes.
Compre seus sapatos de preferência na parte da tarde e em dias de calor, quando seus pés vão estar mais inchados. Nunca use um sapato novo o dia inteiro. Comece usando meia hora no primeiro dia e vá aumentando 30 minutos a cada dia de uso até se adaptar ao novo calçado.
Abandone o uso de calçados que sejam desconfortáveis ou que causem bolhas ou ferimentos nos seus pés. Invista na prevenção de lesões nos pés, para evitar gastos com tratamentos futuros.
Para as mulheres, os saltos quadrados de no máximo 2 a 3 centímetros de altura e, se possível, no formato de mata-borrão. São os melhores. Evite saltos altos e bicos finos, que apertam os pés.
Sapatos de plástico ou de couro sintético aumentam a transpiração nos pés e devem ser evitados.
Chinelos de dedo ou tiras que deixam os pés desprotegidos e deformam com o uso não devem ser usados.

Cuidado com os ferimentos!
Quem tem diabetes há vários anos precisa ter em mente que a perda de sensibilidade nos membros pode levar ao aparecimento de ferimentos sem que a pessoa perceba.
Em caso de ferimentos ou acidentes nos pés ou pernas, faça um tratamento imediato. Não espere para “ver se vai melhorar”. Este tempo perdido pode gerar complicações como infecções e dificuldade de cicatrização das feridas.
Os primeiros cuidados a serem tomados são: lave o local do ferimento com água limpa e sabão neutro, cubra com gaze estéril e enfaixe sem apertar. Em seguida, procure um médico.
Não use produtos com iodo ou corantes, não use band-aid ou fita adesiva diretamente na pele.
Nunca trate os ferimentos sem orientação médica, nem tome ou aplique medicamentos ou qualquer outra substância por conta própria ou por orientação de amigos.
A presença de febre, vermelhidão no local da ferida, inchaço ou pus nos pés ou pernas são sintomas preocupantes. Procure imediatamente o seu médico e não interrompa o tratamento do diabetes!

Dois amigos dos seus pés
Não fumar e fazer um bom controle de seus níveis glicêmicos (açúcar no sangue) são as duas principais armas para evitar o pé diabético.
Procure ter uma alimentação balanceada e praticar exercícios físicos com regularidade, sempre com orientação do seu médico e de um nutricionista. Isto posterga o início do uso de medicamentos para tratar o diabetes e em muitos casos evita o uso de insulina para controlar a doença. O exercício também melhora a circulação arterial.
Já está comprovado que o maior número de casos de amputações de pés e pernas ocorre nos diabéticos que fumam. Como ninguém quer aumentar os seus riscos, assuma com você mesmo o compromisso de parar de fumar. Tenha força de vontade e atinja este objetivo. Caso tenha dificuldades, procure ajuda especializada.
Fontes:
American Diabetes Association
Canadian Diabetes Association


http://www.abc.med.br/p/cuidados+simples+para+prevenir+o+pe-23015.html

                                         

SAÚDE/LEITURA - DIABETES COMPROMETENDO OS RINS? É A NEFROPATIA DIABÉTICA!

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DIABETES COMPROMETENDO OS RINS?
É A NEFROPATIA DIABÉTICA!
O que é a nefropatia diabética?
A nefropatia diabética é uma doença renal progressiva causada por danos aos capilares nos glomérulos dos rins devido ao diabetes mellitus de longa data. A nefropatia diabética é a principal causa de doença renal crônica e é também uma das complicações a longo prazo mais significativas em pacientes com diabetes mellitus.
Quais são as causas da nefropatia diabética?
A causa exata da nefropatia diabética ainda não é bem conhecida, embora vários mecanismos sejam postulados:
1.  Hiperglicemia causando hiperfiltração e lesão renal.
2.  Produtos de glicação avançada.
3.  Ativação de citocinas.
4.  Hoje em dia pensa-se que a diabetes seja uma doença autoimune.
5.  Imunidade inata.
6.  Fatores familiares ou genéticos.
7.  Níveis séricos diminuídos de ácido fólico.
8.  Etc.
Qual é o mecanismo fisiopatológico da nefropatia diabética?
Três tipos de alterações histológicas ocorrem nos glomérulos de pessoas com nefropatia diabética: (1) expansão mesangial, (2) espessamento da membrana basal glomerular e (3) hipertensão intraglomerular.
A vasculatura renal tipicamente apresenta evidência de aterosclerose. De início, os glomérulos e os rins são tipicamente normais ou ligeiramente aumentados de tamanho, distinguindo assim a nefropatia diabética da maioria das outras formas de insuficiência renal crônica. Os pacientes com nefropatia diabética evidente desenvolvem hipertensão arterialsistêmica, danificando ainda mais a vasculatura e microvasculatura renal. O fator de crescimento endotelial vascular pode contribuir para a hipertrofia celular e maior síntese de colágeno, podendo induzir a alterações vasculares observadas em pessoas com nefropatia diabética.
A hiperglicemia também pode ativar a proteína cinase C, o que pode contribuir para a doença renal e outras complicações  vasculares do diabetes. Evidências sugerem que a hipertensão associada à obesidade, síndrome metabólica e diabetes podem desempenhar um papel importante na patogênese da nefropatia diabética. Obesidadecentral, síndrome metabólica e diabetes levam a aumento da pressão arterial e favorecem a nefropatia diabética.
Quais são as principais características clínicas da nefropatia diabética?
Geralmente, não há sintomas nos estágios iniciais. Os sintomas podem levar de 5 a 10 anos para aparecerem. Mais tarde pode haver uma síndrome nefrótica com cansaço intenso, dores de cabeça, sensação geral de doença, náuseasvômitos, micção frequente, falta de apetite, prurido na pele e inchaço nos pés e nas pernas, entre outros sintomas. Laboratorialmente, a nefropatia diabética é caracterizada por uma albuminúria persistente, que piora progressivamente à medida que a doença progride, e está quase uniformemente associada à hipertensão arterial; declínio progressivo da taxa de filtração glomerular; pressão arterial elevada; glomerulosclerose nodular associada à proteinúria e hipertensão. Os pacientes costumam ter outros achados físicos de longa data associados ao diabetes, seja do tipo 1 ou do tipo 2.
Como o médico diagnostica a nefropatia diabética?
A primeira coisa a ser feita é colher uma minuciosa história clínica do paciente. O mais cedo possível deve ser feita uma análise da urina. A urina geralmente não contém proteína, mas na nefropatia diabética aparece na urina uma proteína chamada albumina. Mesmo antes do paciente ter sintomas, alguma proteína pode ser encontrada na urina, é a chamada microalbuminúria.
Como o médico trata a nefropatia diabética?
O acompanhamento ambulatorial é fundamental no tratamento da nefropatia diabética com sucesso. O tratamento principal consiste em baixar a pressão arterial do paciente de modo a impedir ou retardar os danos renais. À medida que os danos aos rins pioram, a pressão arterial aumenta, formando-se, assim, um círculo vicioso. Os níveis de colesterol e de triglicérides também elevam, podendo ser necessária medicação para tratar estas complicações. O açúcar no sanguedeve ser mantido dentro de sua faixa normal. Isso pode ajudar a retardar os danos aos pequenos vasos sanguíneos nos rins. O paciente deve comer menos proteínas do que normalmente faz, isso pode ajudar a preservar a função renal. Essas mesmas observações podem sem feitas em relação ao sal.
Saiba mais sobre "Exame de urina", "Colesterol alto" e "Triglicérides".
Como evolui a nefropatia diabética?
A nefropatia diabética é responsável por um número significativo de mortes. A taxa de sobrevivência após 5 anos costuma ser inferior a 10% na população idosa com diabetes tipo 2 e não mais de 40% na população mais jovem com diabetes tipo 1. A nefropatia diabética em pacientes com diabetes tipo 1 vem diminuindo nas últimas décadas, mas 20 a 40% dos pacientes diabéticos de longa duração ainda têm esta complicação. Por outro lado, apenas 10 a 20% dos pacientes com diabetes tipo 2 desenvolvem uremia devido ao diabetes.
Como prevenir a nefropatia diabética?
O tratamento precoce do diabetes e o controle glicêmico adequado (controle do açúcar no sangue) atrasam ou previnem o aparecimento de nefropatia diabética.


http://www.abc.med.br/p/diabetes-mellitus/1285388/diabetes+comprometendo+os+rins+e+a+nefropatia+diabetica.htm