domingo, 29 de janeiro de 2017

SAÚDE/LEITURA - DIABETES COMPROMETENDO OS RINS? É A NEFROPATIA DIABÉTICA!

SAÚDE
Leitura
DIABETES COMPROMETENDO OS RINS?
É A NEFROPATIA DIABÉTICA!
O que é a nefropatia diabética?
A nefropatia diabética é uma doença renal progressiva causada por danos aos capilares nos glomérulos dos rins devido ao diabetes mellitus de longa data. A nefropatia diabética é a principal causa de doença renal crônica e é também uma das complicações a longo prazo mais significativas em pacientes com diabetes mellitus.
Quais são as causas da nefropatia diabética?
A causa exata da nefropatia diabética ainda não é bem conhecida, embora vários mecanismos sejam postulados:
1.  Hiperglicemia causando hiperfiltração e lesão renal.
2.  Produtos de glicação avançada.
3.  Ativação de citocinas.
4.  Hoje em dia pensa-se que a diabetes seja uma doença autoimune.
5.  Imunidade inata.
6.  Fatores familiares ou genéticos.
7.  Níveis séricos diminuídos de ácido fólico.
8.  Etc.
Qual é o mecanismo fisiopatológico da nefropatia diabética?
Três tipos de alterações histológicas ocorrem nos glomérulos de pessoas com nefropatia diabética: (1) expansão mesangial, (2) espessamento da membrana basal glomerular e (3) hipertensão intraglomerular.
A vasculatura renal tipicamente apresenta evidência de aterosclerose. De início, os glomérulos e os rins são tipicamente normais ou ligeiramente aumentados de tamanho, distinguindo assim a nefropatia diabética da maioria das outras formas de insuficiência renal crônica. Os pacientes com nefropatia diabética evidente desenvolvem hipertensão arterialsistêmica, danificando ainda mais a vasculatura e microvasculatura renal. O fator de crescimento endotelial vascular pode contribuir para a hipertrofia celular e maior síntese de colágeno, podendo induzir a alterações vasculares observadas em pessoas com nefropatia diabética.
A hiperglicemia também pode ativar a proteína cinase C, o que pode contribuir para a doença renal e outras complicações  vasculares do diabetes. Evidências sugerem que a hipertensão associada à obesidade, síndrome metabólica e diabetes podem desempenhar um papel importante na patogênese da nefropatia diabética. Obesidadecentral, síndrome metabólica e diabetes levam a aumento da pressão arterial e favorecem a nefropatia diabética.
Quais são as principais características clínicas da nefropatia diabética?
Geralmente, não há sintomas nos estágios iniciais. Os sintomas podem levar de 5 a 10 anos para aparecerem. Mais tarde pode haver uma síndrome nefrótica com cansaço intenso, dores de cabeça, sensação geral de doença, náuseasvômitos, micção frequente, falta de apetite, prurido na pele e inchaço nos pés e nas pernas, entre outros sintomas. Laboratorialmente, a nefropatia diabética é caracterizada por uma albuminúria persistente, que piora progressivamente à medida que a doença progride, e está quase uniformemente associada à hipertensão arterial; declínio progressivo da taxa de filtração glomerular; pressão arterial elevada; glomerulosclerose nodular associada à proteinúria e hipertensão. Os pacientes costumam ter outros achados físicos de longa data associados ao diabetes, seja do tipo 1 ou do tipo 2.
Como o médico diagnostica a nefropatia diabética?
A primeira coisa a ser feita é colher uma minuciosa história clínica do paciente. O mais cedo possível deve ser feita uma análise da urina. A urina geralmente não contém proteína, mas na nefropatia diabética aparece na urina uma proteína chamada albumina. Mesmo antes do paciente ter sintomas, alguma proteína pode ser encontrada na urina, é a chamada microalbuminúria.
Como o médico trata a nefropatia diabética?
O acompanhamento ambulatorial é fundamental no tratamento da nefropatia diabética com sucesso. O tratamento principal consiste em baixar a pressão arterial do paciente de modo a impedir ou retardar os danos renais. À medida que os danos aos rins pioram, a pressão arterial aumenta, formando-se, assim, um círculo vicioso. Os níveis de colesterol e de triglicérides também elevam, podendo ser necessária medicação para tratar estas complicações. O açúcar no sanguedeve ser mantido dentro de sua faixa normal. Isso pode ajudar a retardar os danos aos pequenos vasos sanguíneos nos rins. O paciente deve comer menos proteínas do que normalmente faz, isso pode ajudar a preservar a função renal. Essas mesmas observações podem sem feitas em relação ao sal.
Saiba mais sobre "Exame de urina", "Colesterol alto" e "Triglicérides".
Como evolui a nefropatia diabética?
A nefropatia diabética é responsável por um número significativo de mortes. A taxa de sobrevivência após 5 anos costuma ser inferior a 10% na população idosa com diabetes tipo 2 e não mais de 40% na população mais jovem com diabetes tipo 1. A nefropatia diabética em pacientes com diabetes tipo 1 vem diminuindo nas últimas décadas, mas 20 a 40% dos pacientes diabéticos de longa duração ainda têm esta complicação. Por outro lado, apenas 10 a 20% dos pacientes com diabetes tipo 2 desenvolvem uremia devido ao diabetes.
Como prevenir a nefropatia diabética?
O tratamento precoce do diabetes e o controle glicêmico adequado (controle do açúcar no sangue) atrasam ou previnem o aparecimento de nefropatia diabética.


http://www.abc.med.br/p/diabetes-mellitus/1285388/diabetes+comprometendo+os+rins+e+a+nefropatia+diabetica.htm

                                         

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