SAÚDE
Leitura
DIABETES
COMPROMETENDO OS RINS?
É
A NEFROPATIA DIABÉTICA!
A nefropatia diabética é uma doença renal progressiva
causada por danos aos capilares nos glomérulos dos rins devido
ao diabetes mellitus de longa data. A nefropatia diabética
é a principal causa de doença renal crônica e é
também uma das complicações a longo prazo mais significativas em pacientes com diabetes mellitus.
Conheça mais sobre a "Insuficiência renal crônica", a
"Hipertensão Arterial" e o "Diabetes mellitus".
Quais são as
causas da nefropatia diabética?
A causa exata da nefropatia diabética ainda não é bem
conhecida, embora vários mecanismos sejam postulados:
1. Hiperglicemia causando hiperfiltração e lesão renal.
2. Produtos de glicação avançada.
3. Ativação de citocinas.
4. Hoje em dia pensa-se que a diabetes seja uma doença autoimune.
5. Imunidade inata.
6. Fatores familiares ou genéticos.
7. Níveis séricos diminuídos de ácido fólico.
8. Etc.
Qual é o
mecanismo fisiopatológico da nefropatia diabética?
Três tipos de alterações histológicas ocorrem nos glomérulos de
pessoas com nefropatia diabética: (1) expansão mesangial, (2)
espessamento da membrana basal glomerular e (3) hipertensão intraglomerular.
A vasculatura renal tipicamente apresenta evidência de aterosclerose.
De início, os glomérulos e os rins são tipicamente normais
ou ligeiramente aumentados de tamanho, distinguindo assim a nefropatia diabética
da maioria das outras formas de insuficiência renal crônica. Os
pacientes com nefropatia diabética evidente desenvolvem hipertensão arterialsistêmica, danificando
ainda mais a vasculatura e microvasculatura renal. O fator de crescimento
endotelial vascular pode contribuir para a hipertrofia celular
e maior síntese de colágeno, podendo induzir a alterações vasculares observadas
em pessoas com nefropatia diabética.
A hiperglicemia também pode ativar a proteína cinase C, o
que pode contribuir para a doença renal e outras complicações vasculares do diabetes.
Evidências sugerem que a hipertensão associada à obesidade, síndrome metabólica e diabetes podem
desempenhar um papel importante na patogênese da nefropatia diabética. Obesidadecentral, síndrome metabólica e diabetes levam
a aumento da pressão arterial e favorecem a nefropatia diabética.
Leia mais sobre "Comportamento da glicemia",
"Hemoglobina glicosilada" e
"Cetoacidose diabética".
Quais são as principais
características clínicas da nefropatia diabética?
Geralmente, não há sintomas nos estágios iniciais. Os sintomas podem
levar de 5 a 10 anos para aparecerem. Mais tarde pode haver uma síndrome
nefrótica com cansaço intenso, dores de cabeça, sensação geral de
doença, náuseas, vômitos, micção frequente, falta
de apetite, prurido na pele e inchaço nos pés e nas pernas, entre
outros sintomas. Laboratorialmente, a nefropatia diabética é
caracterizada por uma albuminúria persistente, que piora
progressivamente à medida que a doença progride, e está quase uniformemente
associada à hipertensão arterial; declínio progressivo
da taxa de filtração glomerular; pressão arterial elevada; glomerulosclerose
nodular associada à proteinúria e hipertensão. Os pacientes
costumam ter outros achados físicos de longa data associados ao diabetes, seja do tipo 1 ou do tipo 2.
Como o médico diagnostica
a nefropatia diabética?
A primeira coisa a ser feita é colher uma minuciosa história clínica
do paciente. O mais cedo possível deve ser feita uma análise da urina. A urina geralmente
não contém proteína, mas na nefropatia diabética aparece na urina uma
proteína chamada albumina. Mesmo antes do paciente ter sintomas,
alguma proteína pode ser encontrada na urina, é a chamada microalbuminúria.
Como o médico trata
a nefropatia diabética?
O acompanhamento ambulatorial é fundamental no tratamento da nefropatia diabética
com sucesso. O tratamento principal consiste em baixar a pressão arterial do
paciente de modo a impedir ou retardar os danos renais. À medida que os danos
aos rins pioram, a pressão arterial aumenta, formando-se,
assim, um círculo vicioso. Os níveis de colesterol e de triglicérides também
elevam, podendo ser necessária medicação para tratar estas complicações. O açúcar no sanguedeve
ser mantido dentro de sua faixa normal. Isso pode ajudar a retardar os danos
aos pequenos vasos sanguíneos nos rins. O paciente deve comer
menos proteínas do que normalmente faz, isso pode ajudar a preservar
a função renal. Essas mesmas observações podem sem feitas em relação ao
sal.
Saiba mais sobre "Exame de urina", "Colesterol alto" e "Triglicérides".
Como evolui a nefropatia diabética?
A nefropatia diabética é responsável por um número
significativo de mortes. A taxa de sobrevivência após 5 anos costuma ser
inferior a 10% na população idosa com diabetes tipo 2 e não mais de
40% na população mais jovem com diabetes tipo 1. A nefropatia diabética
em pacientes com diabetes tipo 1 vem diminuindo nas
últimas décadas, mas 20 a 40% dos pacientes diabéticos de longa duração ainda
têm esta complicação. Por outro lado, apenas 10 a 20% dos pacientes com diabetes
tipo 2 desenvolvem uremia devido ao diabetes.
Como prevenir
a nefropatia diabética?
O tratamento precoce do diabetes e o controle glicêmico adequado (controle
do açúcar no sangue) atrasam ou previnem o aparecimento de nefropatia diabética.
http://www.abc.med.br/p/diabetes-mellitus/1285388/diabetes+comprometendo+os+rins+e+a+nefropatia+diabetica.htm
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