sexta-feira, 6 de março de 2015

SAÚDE - Exercícios físicos na meia idade ajudam a preservar um cérebro saudável para a velhice

SAÚDE

Exercícios físicos na meia idade ajudam a preservar um cérebro saudável para a velhice, segundo trabalho apresentado na reunião daAmerican Heart Association


Pressão arterial (PA) aumentada e rigidez vascular têm sido associadas a um desempenho cognitivo inferior e à atrofia cerebral na velhice. O cérebro é um órgão susceptível às flutuações napressão arterial. A capacidade cardiovascular (CV) inadequada também está emergindo como um fator associado ao declínio cognitivo em idade mais avançada. A resposta da PA e da frequência cardíaca (FC) ao exercício é impactada pela capacidade cardiovascular e a PA durante o exercício é altamente determinada pela rigidez vascular.
O objetivo deste estudo, apresentado na reunião da American Heart Association, coordenado por Nicole L. Spartano, da Boston University School of Medicine, foi analisar se um preparo físico inadequado, um aumento de PA e a resposta da FC ao exercício físico na meia-idade estão associados a uma pior morfologia do cérebro mais tarde na vida. Pesquisas médicas indicam que volumes menores do cérebro são um sinal de envelhecimento cerebral acelerado.
Um subconjunto de participantes do estudo Framingham Offspring Study (n=1.271), livres de demência e de doença cardiovascular, foi submetido a um teste ergométrico (pelo protocolo de Bruce modificado) na meia-idade [idade média de 41 ± 9 anos], mantido até a exaustão ou até atingir 85% da FC máxima (com previsão para idade e sexo). A duração do teste de esforço foi utilizada para estimar o VO2 máximo. A PA e a FC foram medidas no estágio 2 do estudo. Exames de ressonância magnética e testes cerebrais e neurocognitivos (Trail Making Tests [Trails] B-A ou triagens B-A) foram realizados por volta dos 59±9 anos nos participantes.
A maior PA sistólica (PAS) no exercício e a maior resposta da FC ao exercício na meia-idade foram associadas a um menor volume cerebral total (TCBV) mais tarde na vida, após modelos de ajuste que incluíam PAS e FC descansando; um efeito igual a cerca de 0,5 ano de envelhecimento do cérebro para cada aumento de 11,1 mmHg na PAS ou aumento de 10 batimentos por minuto na FC. Maior VO2 máximo estimado na meia-idade foi associado com maior volume cerebral total mais tarde na vida. Além disso, uma maior resposta da FC ao exercício na meia-idade foi associada a um menor volume do lobo frontal na vida adulta. PA diastólica (PAD) no exercício, na meia-idade, foi associada a um pior desempenho em triagens B-A mais tarde na vida e o alcance de metas de FC durante o exercício foi associado a um melhor desempenho em triagens B-A na velhice. PAS no descanso, na meia-idade, foi associada a maior volume de hiperintensidade da substância branca aos 60 anos; e PAS e PAD de descanso na meia-idade também foram associadas com menor volume do lobo frontal mais tarde na vida.
A presente investigação forneceu novas evidências de que a menor aptidão física na meia-idade e as piores respostas da PA e da FC ao exercício estão associadas a menores volumes cerebrais e pior desempenho cognitivoquase duas décadas mais tarde na vida. A promoção de atividades físicas na meia-idade pode ser um importante passo no sentido de assegurar um cérebro saudável com o envelhecimento da população.
quinta-feira, 05 de março de 2015


NEWS.MED.BR, 2015. Exercícios físicos na meia idade ajudam a preservar um cérebro saudável para a velhice, segundo trabalho apresentado na reunião da American Heart Association. Disponível em: <http://www.news.med.br/p/saude/746492/exercicios-fisicos-na-meia-idade-ajudam-a-preservar-um-cerebro-saudavel-para-a-velhice-segundo-trabalho-apresentado-na-reuniao-da-american-heart-association.htm>. Acesso em: 6 mar. 2015.

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