SAÚDE
Exercícios físicos na meia idade
ajudam a preservar um cérebro saudável para a velhice, segundo trabalho
apresentado na reunião daAmerican
Heart Association
Pressão arterial (PA) aumentada e rigidez vascular têm sido associadas a um desempenho cognitivo inferior e à atrofia cerebral na velhice. O cérebro é um
órgão susceptível às flutuações napressão arterial. A capacidade
cardiovascular (CV) inadequada também está emergindo como um fator associado ao
declínio cognitivo em idade mais avançada. A resposta da
PA e da frequência cardíaca (FC) ao exercício é impactada pela capacidade
cardiovascular e a PA durante o exercício é altamente determinada pela rigidez vascular.
O objetivo deste estudo, apresentado
na reunião da American Heart
Association, coordenado por Nicole L. Spartano, da Boston University School of
Medicine, foi analisar se um preparo físico inadequado, um aumento de PA e
a resposta da FC ao exercício físico na meia-idade estão associados a uma pior
morfologia do cérebro mais tarde na vida. Pesquisas médicas indicam que volumes
menores do cérebro são um sinal de envelhecimento cerebral acelerado.
Um subconjunto de participantes do
estudo Framingham Offspring
Study (n=1.271), livres de demência e de doença cardiovascular, foi
submetido a um teste ergométrico (pelo protocolo de Bruce modificado) na
meia-idade [idade média de 41 ± 9 anos], mantido até a exaustão ou até atingir
85% da FC máxima (com previsão para idade e sexo). A duração do teste de
esforço foi utilizada para estimar o VO2 máximo. A PA e a FC foram medidas no
estágio 2 do estudo. Exames de ressonância
magnética e testes
cerebrais e neurocognitivos (Trail Making Tests [Trails] B-A ou triagens B-A) foram realizados por
volta dos 59±9 anos nos participantes.
A maior PA sistólica (PAS) no
exercício e a maior resposta da FC ao exercício na meia-idade foram associadas
a um menor volume cerebral total (TCBV) mais tarde na vida, após modelos de
ajuste que incluíam PAS e FC descansando; um efeito igual a cerca de 0,5 ano de
envelhecimento do cérebro para cada aumento de 11,1 mmHg na PAS ou aumento de
10 batimentos por minuto na FC. Maior VO2 máximo estimado na meia-idade foi
associado com maior volume cerebral total mais tarde na vida. Além disso, uma
maior resposta da FC ao exercício na meia-idade foi associada a um menor volume
do lobo frontal na vida adulta. PA diastólica (PAD) no
exercício, na meia-idade, foi associada a um pior desempenho em triagens B-A
mais tarde na vida e o alcance de metas de FC durante o exercício foi associado
a um melhor desempenho em triagens B-A na velhice. PAS no descanso, na
meia-idade, foi associada a maior volume de hiperintensidade da substância
branca aos 60 anos; e PAS e PAD de descanso na meia-idade também foram
associadas com menor volume do lobo frontal mais tarde na vida.
A presente investigação forneceu
novas evidências de que a menor aptidão física na meia-idade e as piores
respostas da PA e da FC ao exercício estão associadas a menores volumes
cerebrais e pior desempenho
cognitivoquase duas décadas mais tarde na vida. A promoção de
atividades físicas na meia-idade pode ser um importante passo no sentido de
assegurar um cérebro saudável com o envelhecimento da população.
quinta-feira, 05 de
março de 2015
NEWS.MED.BR, 2015. Exercícios físicos na meia idade
ajudam a preservar um cérebro saudável para a velhice, segundo trabalho
apresentado na reunião da American Heart Association. Disponível em: <http://www.news.med.br/p/saude/746492/exercicios-fisicos-na-meia-idade-ajudam-a-preservar-um-cerebro-saudavel-para-a-velhice-segundo-trabalho-apresentado-na-reuniao-da-american-heart-association.htm>.
Acesso em: 6 mar. 2015.
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