sexta-feira, 6 de março de 2015

SAÚDE - NEJM: aflibercept mostra-se superior ao bevacizumab e ranibizumab para tratar o edema macular diabético

SAÚDE

NEJM: aflibercept mostra-se superior ao bevacizumab e ranibizumab para tratar o edema macular diabético


A eficácia e segurança do uso de aflibercept, bevacizumab e ranibizumab para o tratamento do edema macular diabético são desconhecidos. Em pesquisa realizada com o apoio da The Diabetic Retinopathy Clinical Research Network, em 89 centros clínicos, pesquisadores distribuíram aleatoriamente 660 adultos (idade média de 61 ± 10 anos), com edema macular diabético envolvendo o centro da mácula, para receber aflibercept intravítreo na dose de 2,0 mg (224 participantes), bevacizumab a uma dose de 0,25 mg (218 participantes) ou ranibizumab numa dose de 0,3 mg (218 participantes). As medicações do estudo foram administradas a cada quatro semanas, de acordo com um algoritmo especificado no protocolo. O desfecho primário foi a alteração média da acuidade visual em um ano.
A partir da linha de base até um ano de seguimento, a média da pontuação na acuidade visual (variação de 0 a 100, com escores mais elevados indicando melhor acuidade visual; uma pontuação de 85 é de aproximadamente 20/20) teve um aumento de 13,3 com o aflibercept, 9,7 com o bevacizumab e 11,2 com o ranibizumab. Embora a melhora tenha sido maior com o aflibercept do que com as outras duas drogas (P<0,001 para aflibercept vsbevacizumab e P=0,03 para aflibercept vs ranibizumab), isso não foi clinicamente significativo, porque a diferença foi influenciada pelos olhos com piores acuidades visuais no início do estudo (P<0,001 para a interação). Quando a pontuação inicial era de 78 a 69 (equivalente a cerca de 20/32 a 20/40 - 51% dos participantes), a melhora média foi de 8,0 com aflibercept, 7,5 com bevacizumab e 8,3 com ranibizumab (P>0,50 para cada comparação aos pares). Quando a pontuação inicial era inferior a 69 (cerca de 20/50 ou pior), a melhora média foi de 18,9 com o aflibercept, 11,8 com o bevacizumab e 14,2 com o ranibizumab (P<0,001 para aflibercept vs bevacizumab, P=0,003 para aflibercept vs ranibizumab e P=0,21 para ranibizumab vs bevacizumab). Não houve diferenças significativas entre os grupos de estudo nas taxas de eventos adversos graves (P=0,40), hospitalização (P=0,51), morte (P=0,72) ou de eventos cardiovasculares maiores (P=0,56).
Concluiu-se que o aflibercept intravítreo, bevacizumab ou ranibizumab melhoram a visão em olhos com edema macular diabético, com envolvimento central da mácula, mas o efeito relativo depende da acuidade visual basal. Quando a perda de acuidade visual inicial era leve, não houve diferenças aparentes, em média, entre os grupos de estudo. Em níveis piores de acuidade visual inicial, o aflibercept foi mais eficaz na melhoria da visão.
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015


NEWS.MED.BR, 2015. NEJM: aflibercept mostra-se superior ao bevacizumab e ranibizumab para tratar o edema macular diabético. Disponível em: <http://www.news.med.br/p/medical-journal/743982/nejm-aflibercept-mostra-se-superior-ao-bevacizumab-e-ranibizumab-para-tratar-o-edema-macular-diabetico.htm>. Acesso em: 6 mar. 2015.

Nenhum comentário:

Postar um comentário