SAÚDE
Frutose adicionada a alimentos colabora para o aumento da diabetes mellitus, de distúrbios metabólicos relacionados a esta patologia e ao maior risco cardiovascular
Dados obtidos em experiências com
animais e estudos humanos associam a adição de açúcares (por exemplo, sacarose
e xarope de milho rico em frutose) ao desenvolvimento de diabetes mellitus e
distúrbios metabólicos relacionados ao aumento do risco para doenças
cardiovasculares (CV). Particularmente a adição de frutose (por exemplo, como
um componente da sacarose adicionada ou como o principal componente de
adoçantes ricos em frutose) pode representar o maior problema para a incidência
de diabetes mellitus, de distúrbios metabólicos ligadas à diabetes e ao risco
cardiovascular.
Por outro lado, alimentos
integrais que contêm frutose (por exemplo, frutas e legumes) não representam um
problema para a saúde e protegem contra a diabetes e patologias
cardiovasculares. Várias orientações dietéticas recomendam o consumo de
alimentos integrais ao invés de alimentos com adição de açúcares, mas algumas
(por exemplo, as recomendações da American Diabetes Association) não recomendam
restringir os açúcares adicionados a qualquer nível específico contendo frutose.
Outras diretrizes (como a do Instituto de Medicina) permitem que até 25% das
calorias venham de açúcares adicionados, como da frutose.
A ingestão de níveis tão elevados
de frutose adicionada, sem dúvida, agrava o risco para o desenvolvimento de
diabetes e de suas complicações. Não há necessidade de adicionar frutose ou
quaisquer açúcares à dieta; a redução da ingestão de 5% do total de calorias (o
nível agora sugerido pela Organização Mundial de Saúde) mostrou melhorar a
tolerância à glicose em seres humanos e diminuir a incidência de diabetes e de
perturbações metabólicas que frequentemente o precedem ou o acompanham.
Fonte:
Mayo Clinic Proceedings, volume 90, número 3, de março de 2015
http://www.news.med.br/p/saude/749542/frutose-adicionada-a-alimentos-colabora-para-o-aumento-da-diabetes-mellitus-de-disturbios-metabolicos-relacionados-a-esta-patologia-e-ao-maior-risco-cardiovascular.htm>.
Acesso em: 13 abr. 2015.
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